De vez em quando, do nada, você costuma sentir algo estranho e incontrolável, então finalmente entende do que se trata e pensa “nossa, hoje eu PRECISO comer uma couve-flor”?
Pois é, eu também não.
Mesmo os veganos e vegetarianos mais dedicados vão concordar que a couve-flor não é o primeiro alimento que vem à mente quando queremos comer algo muito saboroso. Eu, pessoalmente, prefiro o brócolis.
Porém, desde que cheguei a São Paulo, já comi couves-flores deliciosos em 3 restaurantes diferentes. Eles mudaram minha perspectiva sobre essa hortaliça.
E fica a dica, antes de seguir para as indicações gastronômicas: ela é super saudável, tendo propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, entre outras vantagens. Então coloque na sua dieta do dia-a-dia!
Couve-flor do Nour

Começo pela couve-flor que mais vezes comi.
O Nour é um excelente restaurante árabe que abre apenas para almoço, de segunda a sábado, na rua dos Pinheiros perto do metrô Faria Lima. É tocado pela família Sadek, que costuma aparecer no Instagram.
No ano passado, às vezes eu ia trabalhar em um coworking próximo e almoçava, em geral, no Mercado de Pinheiros. Um dia o Sérgio, dono do coworking, fez a maior propaganda do Nour e, entre diversos elogios, disse “mêo, pede a couve-flor, tô falando sério, cê não vai acreditar como é bom”.
E, de fato, era bom demais.
O restaurante oferece uma versão empanada da hortaliça, como acompanhamento aos pratos principais. Minha combinação favorita (foto acima) é com a coxa e sobrecoxa desossadas, que são mergulhadas na coalhada fresca e temperadas com alho, limão e sal, para serem grelhadas como churrasco. Peço junto o arroz com lentilhas e cebolas fritas.
Todos os pedidos no Nour acompanham uma fatia de pão sírio e molho de alho da casa. É um verdadeiro banquete. Tudo isso sai por apenas 44 reais.
Já experimentei por lá também o kibe cru e as o trio de esfihas de carne, queijo e zaatar. Este último é um molhinho bem leve com uma mistura de especiarias. Em resumo, gostei de tudo que já comi no Nour!
Couve-flor do Locale Ristorante
Continuarei o post agora com a couve-flor mais recente. Ela ganhou meu coração por vários motivos, principalmente, é claro, por ser uma delícia. É uma entrada do Locale Ristorante, no Itaim Bibi.

Sim, é isso mesmo que você está imaginando: uma couve-flor inteira levemente gratinada com molho cacio e pepe. Uno vero spettacolo il calvofiore gratinato!
O molho tipicamente romano casou muito bem e me deixou curioso sobre o preparo. Quando é feito com spaghetti, é a própria massa com um pouco da água da fervura que derrete o queijo pecorino. Qual é o segredo?
Perguntei sobre o preparo? Não, porque isso só me ocorreu agora escrevendo este post. Mas como o Locale é um restaurante italiano (N.A.: ristorante é restaurante em italiano), água de fervura certamente não falta na cozinha.
E, como mostra a foto acima, o molho é despejado sobre a couve-flor já na mesa. Terei que voltar lá para entender a mecânica desse sabor.
Contudo, não será nenhum sacrifício, já que o Locale tem um atendimento impecável, uma bela carta de coquetéis e, na mesma rua, a companhia dos seus irmãos Locale Trattoria e Locale Caffè. Minha sugestão é passar um sábado inteiro pelas três casas. Talvez um fim de semana, por que não?
Para ver o cardápio e os preços, veja o post do I Don’t Cook no Instagram. Tem um post do Caffè também por lá!
Couve-flor do Makoto
Por fim, uma couve-flor com toques orientais, que degustei no restaurante Makoto. A hortaliça está na parte das robatas no menu, que são um tipo de espetinho japonês. E é grandinho, serve como prato principal até se a sua fome não estiver desesperadora.
Por ser um espetinho, o preparo também é na grelha. O destaque mesmo fica para o molho de tofu com queijo feta. Uma delícia!
Confesso que, após terminar a couve-flor, fiquei com vontade de passar o dedo no prato para aproveitar o molho até o final. Porém, mantive compostura por 3 motivos importantes:
- era o jantar de aniversário da minha esposa;
- o ambiente era elegante (eu estava até de camisa);
- infelizmente, às vezes é preciso que contenhamos nossos instintos alimentares mais primitivos, para que nos lembremos de que vivemos em uma sociedade e, também, de tudo aquilo que nos separa dos animais.
Mas se tivesse um pãozinho eu teria raspado o molho do prato. Veja a foto abaixo e entenda a minha compulsão pela deselegância.

Se você quiser saber mais sobre o cardápio completo e os preços do Makoto, também tem post no I Don’t Cook. Minha dica, além da couve-flor (ou cauliflower, no menu) é o dynamite handroll, que leva lagostim, camarão e um molho simplesmente espetacular envoltos numa folha de soja.
O Makoto em que fomos fica no shopping Cidade Jardim. Os restaurantes de lá são chiquérrimos como as lojas, mas, comparativamente em termos de valores, são bem mais acessíveis.
É claro que não dá para ir todo dia (nem toda semana, mês ou talvez trimestre), mas quase todos valem o investimento para uma data especial. Com alguém especial, que pode ser você mesmo.
E lembre-se: você é uma pessoa topzêra e merece o melhor. Se você fosse uma hortaliça, seria uma couve-flor. Uma das três deste post, naturalmente.
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