Os XXXIII Jogos Olímpicos da Era Moderna chegaram ao fim. Por 17 dias, os olhos do mundo se voltaram à belíssima Paris, capital da França, para disputas esportivas que nos fizeram torcer, chorar e rir muito com memes.
Eu inclusive acordei nesta manhã de segunda-feira bem cedo e, por reflexo, fui procurar uma prova da canoísta Ana Sátila no Sportv 78. Não havia mais nada. Agora, a vida volta ao normal, sem esportes, após um período louco que ainda teve a UEFA Euro 2024.
Porém, é inegável que as Olimpíadas também geraram sentimentos ruins. Entre eles, a revolta com juízes, a incredulidade com a existência de alguns esportes e a frustração por não ter onda para brasileiros surfarem.
Pensando nisso e na otimização da experiência da união humana em torno do ideal esportivo da paz, trago algumas sugestões para melhorar o evento.
1. Queremos menos modalidades definidas por notas nas Olimpíadas
O brasileiro entrou em modo “juiz ladrão” várias vezes nas Olimpíadas. Desde os primeiros dias da competição de Skate Street com Rayssa Leal até as últimas baterias do Surfe, passando pela inexplicável ausência de Rebeca Andrade no pódio da Trave da Ginástica Artística, ficamos constantemente revoltados.
A minha ideia é que as notas tenham cada vez menos importância. Veja algumas possibilidades:
- As provas de Skate passam a ser disputadas em formato de corrida, dando medalhas para quem chegar na frente. O trajeto ainda pode incluir rampas e outros aparatos para aumentar a velocidade. Um bônus é que não precisaríamos mais torcer para crianças rivais caírem e perderem pontos.
- A Ginástica Artística pode começar o experimento pela Barra Fixa no masculino e pelas Barras Assimétricas no feminino. A minha sugestão é simples: quem conseguir girar mais vezes sem parar porque está passando mal vence. Zero influência da arbitragem olímpica.
- No Surfe, a ideia é a ainda menos complexa: a modalidade de Lançamento de Prancha à Distância entra no programa do Atletismo. E pode ser na praia, sem problemas.
2. Precisamos de mais esportes de areia nos Jogos Olímpicos
Falando em surfe, fica claro que precisamos ter mais esportes disputados em areias olímpicas. Vale lembrar que os gringos chamam de “Summer Olympics” (Jogos de Verão), e que as Olimpíadas de Inverno têm uma infinidade de modalidades na neve e no gelo. Acho que todas, até.
Ou seja, justíssimo que encontremos formas de fazer mais atletas encherem seus cofrinhos de areia. E como a bela arena de Vôlei de Praia à frente da Torre Eiffel mostrou, nem precisa ser na praia.
Melhor ainda, vamos focar em esportes em que os brasileiros são top. Humildemente, apresento minhas sugestões:
- O Futevôlei tem tudo para ser o novo Vôlei de Praia, em que dominamos as primeiras edições olímpicas. O entretenimento estará garantido caso a gente mande duplas como Romário/Renato Gaúcho e Edmundo/Eri Johnson. A conexão Barra da Tijuca – Venice Beach será sucesso em 2028.
- Já que a Fifa não permite um torneio decente no Futebol Masculino, eu tiraria de vez esse naipe do programa olímpico. O Beach Soccer, criado em Copacabana, é o melhor substituto. O time? Um goleiro qualquer, mais Romário, Renato Gaúcho, Edmundo e Eri Johnson na linha.
- Por fim, o Beach Tennis, porque eu quero ter chance de jogar, talvez em parceria com o Eri Johnson. Até já comprei minha raquete brazuca.
Se você não enxerga potencial nas minhas propostas, fique com este vídeo do verão de 1997, com a presença dos grandes ídolos que citei:
3. Por que os esportes coletivos não podem dar medalhas individuais?
Diversos esportes que são essencialmente individuais, como o Judô, o Tênis de Mesa e o Triatlo, dão medalhas também para disputas coletivas em equipes. Isso sem falar no Hipismo, que na verdade deveria medalhar apenas os cavalos, que fazem todo o trabalho duro. Enfim, divago.
O fato é que o contrário não acontece. Assim, acredito que os esportes coletivos poderiam ter versões individuais nas Olimpíadas. As possibilidades são múltiplas:
- Aproveitando que vamos tirar o Futebol masculino, podemos incluir a Disputa de Pênaltis. No caso, o mesmo jogador faria o papel de batedor e de goleiro. Imagine uma final olímpica disputada entre Brasil e Argentina, com Ederson versus Dibu Martinez. Daria briga? Sim, mas seria incrível.
- O Basquete, que além da disputa normal ainda tem a de 3×3, poderia radicalizar e dar medalhas também para um clássico jogo de Vinte Um. Desde já declaro que essa proposta não é por interesse próprio, pois meu joelho não dá mais conta.
- Minha última sugestão é o Gol a Gol. Apesar de mais popular em sua versão futebolística, creio que poderia ser a medalha individual do Handebol. A emoção de vir até o meio da quadra disparar um petardo e depois sair correndo de volta para defender a trave seria muito grande.
BÔNUS: Por mais disputas com a vibe das Olimpíadas do Faustão
A já citada Ana Sátila encantou o país por seu trabalho duro na Canoagem e, também, por enfrentar o que só poderia ser classificado como uma máquina de lavar gigante. A vibe de Olimpíadas do Faustão nas corredeiras fez com que muita gente clamasse por mais provas nesse estilo, e eu me junto a esse coro.
Para mim, a modalidade ideal seria a Luta com Cotonetes Gigantes. Relembre essa maravilha do esporte televisivo abaixo:
A Luta com Cotonetes Gigantes permitiria muitas medalhas tanto no masculino quanto no feminino, com categorias de peso e, claro, por equipes. Poderia ser na areia também.
Além disso, já é disputada por crianças e bêbados em festas por todo o Brasil, virando promessa de ouro para o nosso país.
Claro, é uma proposta mais lúdica, contrastando com a seriedade das minhas sugestões anteriores. Porém, acredito seria a prova ideal para a narração de Casimiro Miguel, o Faustão da Geração Z. E melhor ainda: com uma final brasileira, disputada entre Romário e Edmundo.
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